quarta-feira, 28 de março de 2012

Variação Linguística

 Variação Linguística

"Retado", é uma expressão que usamos comumente para... qualificar algo bom, uma pessoa legal, sabida ou muito ativa. Mas alguns estão aderindo ao "Arretado", que não é nosso, mas sim, típica dos nossos irmãos pernambucanos. Já basta ao longo dos tempos nos terem empurrado goela abaixo nas consoantes, os sons do; "éle, do érre e do éssi", ao invés de "lê", rê, e si". Isso sem falar da prática dos novelistas de generalizarem o nosso sotaque que é bem diferente do restante do nordeste, mas que eles acham que "prás bandas de cá" tudo é a mesma coisa. Os cariocas nos criticam por acharem que nós agredimos a fonética, mas não percebem que eles é que são os agressores quando insistem em fechar o som das letras "E" e "O" tornando-as; "Ê e Ô", chegando até ao absurdo de pronunciar a primeira nota da escala musical "DÓ", cujo o som é aberto pela acentuação aguda, mas que eles a chamam "DÔ", com o som fechado, como se a palavra tivesse o acento circunflexo sobre a vogal. Eles pronunciam; "Ôsvaldo, Ôrlando e côração", que nós conhecemos e pronunciamos da forma correta; "Osvaldo, Orlando e coração", com o som da vogal da primeira sílaba, aberto, e não fechado. Da mesma forma que pronunciamos aqui no nordeste Jesus, com o som da letra "e" na primeira sílaba, aberto. Enquanto no sul, é Jê.
Numa dessas novelas globais, um personagem criticou o outro pela forma de pronunciar a palavra "cafajeste" com o som de "i" na sílaba final, e ensinou que o som da vogal da última sílaba é fechado, ou seja; "cafajestê", e isso é imposição e desrespeito.
Fico indignado quando ouço um baiano cantar uma música de origem sulista pronunciando: "Eu preciso dê ti", desprezando o nosso tão regional "de ti", porque aprendemos na Escola que a letra "e" não acentuada tem o som de "i".
Eles podem criticar a nossa forma de falar, mas são eles os donos de um vocabulário redundante, repleto de gírias e acrescidos daquelas conhecidas sinuosidades sonoras às palavras e frases.
O grande Luiz Gonzaga na década de 50, fingindo uma crítica, compôs a música "ABC do Sertão", em cuja letra ele expressa o som autêntico do abecedário usado pelo povo nordestino. Foi a maneira que ele encontrou para homenagear e mostrar para o Sul que os seus conterrâneos tinham uma forma genuína e interessante de falar e que não era errada.
A música foi composta em parceria com Zé Dantas. Vejam a criatividade da letra:
Lá no meu sertão, pro caboclo lê

Têm que aprender um outro ABC

O jota é ji, o éle é lê

O ésse é si, mas o érre tem nome de rê

Até o Ípsilon, lá é pisilone

O ême e Mê, o êne é Nê

O efe é fê, o Gê chama-se Guê

Na Escola é engraçado, ouvir-se que tanto ê!

A, bê, cê, dê,

Fê, guê, lê, mê, nê, pê, quê, rê, tê, vê e zê

terça-feira, 27 de março de 2012

Apresentação

Blog feito por alunos do " Colegio Monteiro Lobato ". Aos quais serão apresentadas por cada grupo uma musica do mestre do baião Luiz Gonzaga. Nós do 8º ano " A " ficamos com uma das músicas do mestre ABC do sertão. Que foi uma crítica sobre a língua do Nordestino , que sempre forão questionados por falarem diferente . Assim a música " ABC do Sertão " mostrou que o povo nordestino tinha uma maneira diferente de falar , ou seja , seu próprio dialeto